Câncer de pâncreas é uma das neoplasias como maior potencial de recidiva e metastatização. Diferentemente, do que se viu em muitas outras neoplasias, nas quais terapias-alvo (TKi) e imunoterapia revolucionaram o seu manejo, adenocarcinoma de pâncreas (AdcP) permanece um clássico exemplo de refratariedade primária, intrínseca, à imunoterapia e duração de resposta curta aos TKi's até aqui. Chama muito a atenção que o número de novos casos por ano tem ficado muito próximo do número de óbitos por esta doença, consistentemente, na última década. Isso ressalta a dramática necessidade de melhor controle dos fatores de risco, de métodos diagnósticos melhores e de tratamentos mais efetivos. Este é um dos poucos cânceres (junto com rim, fígado e boca) nos quais se tem visto que o número de novos casos só aumenta. Estima-se ter ocorrido um aumento de 3x nos últimos 10 anos. Os óbitos também só aumentaram. E, pela primeira vez na história, esta neoplasia entrou na lista de Top10 dos cânceres mais frequentes na mulher brasileira. Há 6 anos, desde o estudo POLO, que não se tinha novidades dignas de nota em AdcP. Na ASCO de 2023, porém, foi...